A formação do Engenheiro Químico, segundo a Escola Politécnica da UFBA, exige competências como conceber e projetar sistemas e processos, planejar e coordenar projetos de engenharia, desenvolver e aplicar novas ferramentas, atuar com visão socioambiental e conduzir experimentos. Trata-se, portanto, de uma formação ampla, que habilita o profissional a atuar em diversas áreas. No entanto, esse profissional encontra cada vez mais dificuldade para conseguir empregos na indústria.
No texto “Desindustrialização no Brasil: um resumo da evidência”, disponível no repositório da Fundação Getúlio Vargas, os autores afirmam que o processo de declínio industrial reflete uma perda gradual do peso da indústria, marcada por crises, mudanças estruturais e transformações globais que reduziram a participação do setor. Nesse sentido, os cargos públicos tornam-se uma opção viável para o engenheiro químico que busca benefícios cada vez mais escassos no mercado privado, tais como estabilidade, plano de carreira, vantagens trabalhistas e remunerações mais altas.
Entre os órgãos públicos que contratam engenheiros químicos por concurso, destacam-se as prefeituras, que frequentemente demandam profissionais para atuar em áreas como meio ambiente, saneamento, vigilância sanitária e gestão de resíduos; os governos estaduais e as estatais, como companhias de saneamento, agências reguladoras, empresas de petróleo, gás e energia, indústrias químicas públicas e institutos de pesquisa; além das universidades e dos institutos federais, que abrem vagas tanto para cargos técnico-administrativos quanto para a carreira docente.
Além disso, órgãos como IBAMA, ANVISA, Petrobras, Eletrobras, CNPq, Exército, Marinha e Aeronáutica também incluem engenheiros químicos em seus quadros, atuando desde a fiscalização e o controle ambiental até a pesquisa aplicada, a produção energética e a gestão de processos. Assim, mesmo diante da retração industrial, o setor público se consolida como um caminho sólido e promissor para o engenheiro químico que busca estabilidade, valorização profissional e oportunidades diversificadas de atuação.
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Referências:
[1] Universidade Federal da Bahia. Apresentação – Engenharia Química. Disponível em: https://www.eng.ufba.br/curso-graduacao/engenharia-quimica (acesso em 03/12/2025).
[2] Bonelli, Regis e Pessôa, Samuel de Abreu. “Desindustrialização no Brasil?”. Disponível em: https://repositorio.fgv.br/items/b03b3451-6541-4ed1-9f42-653b738921ca (acesso em 03/12/2025).