Existem três processos conhecidos para a produção do biodiesel: a transesterificação, o craqueamento térmico e a esterificação. O craqueamento térmico é um processo amplamente utilizado na produção de biodiesel, que é um biocombustível renovável derivado de óleos vegetais ou gorduras animais.
O óleo vegetal, uma das principais matérias-primas do biodiesel, é formado por três moléculas de ácidos graxos ligadas a uma de glicerina (subproduto convertido em sabão). Estima-se que 20% do óleo de origem vegetal é formado por glicerol e durante a produção, o composto é removido do biocombustível tornando o óleo mais fino e menos viscoso.
No craqueamento, ou pirólise, é provocada a quebra das moléculas por aquecimento, que ocorre em um ambiente com pouco ou quase nenhum oxigênio e com altas temperaturas que consiste na ruptura das ligações carbono-carbono e na formação das ligações carbono-oxigênio. Nessa reação se transforma biomassa em produtos nas três fases.
Um dos produtos do processo de pirólise são os biocombustíveis provenientes desse aquecimento de óleos vegetais. Como vantagem, a produção desses combustíveis oriundos de oleaginosas ou gorduras, através do aquecimento, ao invés do processo mais comum que é a transesterificação, traz como benefício a não utilização de álcool etílico ou metílico e também a não produção do subproduto glicerina.
Após o processo de pirólise, o óleo ou gordura terá características semelhantes ao diesel fóssil, porém não poderá ser chamado de Biodiesel, já que a ANP, Agência Nacional de Biodiesel, só aceita a classificação deste como Biodiesel se for produzido através da transesterificação. Além do menor custo em relação a transesterificação, por meio da pirólise, o biocombustível produzido já é compatível com os motores.
Referências:
https://www.biodieselbr.com/biodiesel/processo-producao/craqueamento
https://www.cpt.com.br/noticias/producao-de-biodiesel-saiba-tudo-sobre-o-processo-de-craqueamento
https://www.producaodebiodiesel.com.br/biocombustiveis/processos-de-producao-de-biodiesel-transesterificacao-e-craqueamento-termico
https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-tecnologica/tematicas/agroenergia/biodiesel/tecnologia/craqueamento
Autores:
Gabriel Oliveira Queiroz – Engenharia Elétrica
Igor Leandro Santos Oliveira – Engenharia Química
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