O Novo Mundo da Engenharia no Fundo dos Mares

O que são Indústrias Submarinas?

Já estamos todos cansados de saber a importância do petróleo e dos seus processos tanto para a sociedade quanto para a engenharia, não é? Agora eu vou te contar que, na verdade, existe uma nova possibilidade para revolucionar as indústrias como conhecemos hoje!

Em 2012, a Statoil (atual Equinor) apresentou um projeto para a comunidade de engenharia sobre uma de suas fábricas debaixo da superfície, dentro das águas oceânicas. Essa era a solução estratégica para atingir a meta de produção de 2,5 milhões de barris de petróleo (MMboed) por dia até 2020.

O histórico demonstra que a empresa não conseguiu seguir com suas metas, mas a proposta de ter uma indústria submarina continua firme no meio tecnológico. É claro que já temos muitas tecnologias que atuam no fundo do mar, e que são projetadas para durar décadas – mas isso não significa que estamos prontos para uma fábrica inteira.

A intenção dessas indústrias é levar todos os processos da superfície para dentro das águas. Dentre alguns dos processos que devemos nos preocupar em submergir estão a compressão de gás, separações como líquido-líquido ou líquido-gás e reinjeção de água.

As vantagens para as Indústrias

Talvez você esteja se perguntando “quais os benefícios que nos esperam nas profundezas do oceano?”. É uma dúvida muito pertinente, afinal, estamos acostumados até demais com indústrias na superfície.

Mas veja só, se o petróleo está no fundo do oceano, não seria mais benéfico pegarmos ele pertinho da fonte? A resposta é: sim! Teríamos uma alta economia de energia (motivo de muitos gastos para as indústrias) ao estarmos perto da matéria-prima.

Além do mais, conseguiríamos levar nossas indústrias para um ambiente muito hostil e corrosivo, o que pode assustar, mas com o avanço da tecnologia isso é uma possibilidade, o que aliviaria muito espaço aqui na superfície.

Não só isso como também haveria menos impactos ambientais, como a redução de gás carbônico na atmosfera, diminuição da necessidade de navios de carga, oportunidade de energia limpa e uma temperatura baixa – isso mesmo, o ambiente gélido das profundezas ajuda as máquinas na sua vida útil, garantindo maior longevidade para a produção. Outrossim, a maioria da produção seria controlada remotamente, o que ajuda na segurança.

As dificuldades tecnológicas

Como era de se esperar, não é tão simples tirar esse projeto do papel. Alguns problemas listados por empresas engajadas como a ABB e a Equinor envolvem a construção de um sistema seguro que funciona embaixo d’água, sistemas de controle, considerações mecânicas inovadoras, vazamentos e rupturas, marés e temperaturas, manutenção, eficiência, pressões subaquáticas e, como de praxe, eletricidade.

Bom, nota-se que os engenheiros estão colocando a cabeça a mil para solucionar problemas com ajuda da criatividade e das ciências exatas! Não é fácil resolver tudo isso e ao mesmo tempo.

Peguemos o problema da eletricidade: como colocamos eletricidade debaixo d’água? Para nossa felicidade, algumas soluções já foram pensadas. A ABB desenvolveu um sistema para distribuir energia elétrica a 3.000 metros em distâncias de até 600 km da costa.

Da mesma forma, a Siemens também foi outra pioneira no desenvolvimento de forma de gerar energia nas profundezas ao desenvolver a Siemens PowerGRID. Bom, é possível ver que a cada ano que passa estamos mais perto de alcançar nossos objetivos.

Um novo começo para um novo mundo!

É chocante o que a tecnologia e a visão do ser humano é capaz de produzir. É assustador pensar e colocarmos uma indústria inteira em um lugar menos explorado que o próprio espaço. Mas esse projeto representa o futuro e novas formas de enxergar a engenharia, não só a química, mas todas elas.

fundo do mar

A importância de estar ciente deste projeto é entender, principalmente, que sempre conseguimos arranjar soluções inovadoras com as ferramentas certas e com um propósito forte!

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