ESG, ou “Environmental, Social and Governance”, se refere a três critérios amplamente usados para avaliar a sustentabilidade e o impacto social das empresas e investimentos. Através desse parâmetro é possível determinar a consciência da influencia que uma empresa possui sobre sua capacidade de gerar impactos positivos ou negativos no ecossistema financeiro, social e ambiental.
Origem do termo
O conceito de ESG é construído em 2004, quando citado na publicação Who Cares Wins (Quem se importa, ganha) do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, surgindo de uma provocativa lançada por Kofi Annan, o secretário geral da ONU na época, de como implementar tais fatores no mercado de capital. Desta forma, os criterios do ESG se relacionam diretamente com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU
Desde então, a relevância do ESG para empresas e investidores tem sido fundamental, sendo um sinal forte de solidez e reputação em um mercado tão fluido e variável. No Brasil, a noção de ESG ganha cada vez mais força nas organizações e conseguiu certo destaque devido a recentes questões climáticas e de saúde, como a pandemia do COVID-19.
Os princípios do ESG
1. Ambiental
Este componente avalia como uma empresa aborda questões ambientais e seu impacto no meio ambiente. Isso pode incluir iniciativas relacionadas à redução das emissões de carbono, gestão da água, conservação da biodiversidade, políticas de energia limpa e muito mais. Outro fator de destaque é referente ao posicionamento da empresa em relação a questões ambientais em destaque.
2. Social
O componente social do ESG está diretamente ligado às práticas e políticas de uma empresa em relação aos direitos humanos, a promoção de ações voltadas para a igualdade, diversidade e inclusão e o desenvolvimento comunitário. Além disso, também se destaca a preocupação da empresa na relação com seus fornecedores e com o bem-estar de seus colaboradores, abrangendo as relações trabalhistas e a segurança de seus funcionários.
3. Governança
A governança avalia a estrutura de liderança e gestão de uma empresa, bem como suas políticas e práticas de governança corporativa. Isso inclui a composição do conselho de administração, transparência nas operações, ética empresarial, combate à corrupção e práticas contábeis responsáveis. Uma governança sólida é vista como fundamental para o bom funcionamento e a integridade de uma empresa.
Conclusão
O ESG se tornou um foco cada vez maior para investidores, empresas e governos, uma vez que reflete uma abordagem mais holística para avaliar o desempenho de uma empresa além dos aspectos puramente financeiros. Muitos investidores estão buscando investir em empresas que adotem práticas ESG sólidas, acreditando que isso não só é benéfico para a sociedade e o meio ambiente, mas também pode ser benéfico a longo prazo para o desempenho financeiro das empresas. Além disso, governos e reguladores estão começando a considerar políticas e regulamentações que incentivem ou exigem a divulgação de informações ESG por parte das empresas, aumentando ainda mais a importância desse conceito.
Referencias:
CALDERAN, Andre Mafra et al. ESG NO BRASIL. Encontro Internacional de Gestão, Desenvolvimento e Inovação (EIGEDIN), v. 5, n. 1, 2021.
Pacto Global. Disponível em: <https://www.pactoglobal.org.br/pg/esg>.
FINANCEIRO, M. ESG: o que é e como está mudando o Mercado Financeiro? Disponível em: <https://mundofinanceiro.com.br/o-que-e-esg/>. Acesso em: 10 jan. 2024.
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