O Primeiro Choque do Petróleo: Uma Crise que Mudou o Mundo

O Primeiro Choque do Petróleo: Uma Crise que Mudou o Mundo

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo ocidental iniciou seu apogeu. Porém, em 1973, o mundo viveu uma das maiores crises da história: o primeiro choque do petróleo. O preço do barril de petróleo, que era de cerca de US$3, subiu para US$12 em apenas três meses. Essa alta repentina teve um impacto devastador na economia mundial, levando a uma recessão global.

A crise teve duas causas principais: a guerra do Yom Kippur e a crescente influência da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A guerra do Yom Kippur foi um conflito armado entre Israel e uma coalizão de países árabes, liderados pelo Egito e pela Síria. A guerra começou em outubro de 1973 e terminou em novembro do mesmo ano.

A Opep, criada em 1960, é uma organização que reúne os principais países produtores de petróleo do mundo. Desde sua fundação, o mundo já havia se tornado totalmente dependente do petróleo, com cerca de 90% da produção petrolífera comandada por sete companhias vinculadas ao cartel. Em outubro de 1973, a Opep decidiu aumentar o preço do petróleo em 70% em protesto pelo apoio dos Estados Unidos a Israel na guerra do Yom Kippur.

O aumento dos preços do petróleo forçou o Brasil e o mundo a enfrentar uma crise sem saída fácil. Ambos precisavam equacionar diversos problemas, pois eram altamente dependentes das importações de petróleo. O aumento dos preços levou a um déficit na balança comercial e a uma inflação descontrolada.

Fonte: https://l1nk.dev/19Snq

Agora, em 2024, com míseros 40 anos e alguns meses de vida, o 1º Choque do Petróleo ainda traz consigo diversas mudanças no cotidiano das pessoas, seja através das políticas de controle de preços feitas pela Opep ou pelas diversas questões a serem resolvidas, tais como a dependência do petróleo ou como reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
Todavia, não podemos deixar de lembrar que, graças a ele, o governo brasileiro investiu na produção do etanol. Sendo um combustível renovável, este ajuda o Brasil a diminuir a dependência dos combustíveis fósseis e auxiliar no equilíbrio da balança comercial. Com um produto interno bruto (PIB) setorial de aproximadamente US$ 40 bilhões (em 2014), responsável por 16% da energia do país e mais de 1 milhão de postos de trabalho (Santos et al., 2016), é considerado hoje como uma das melhores alternativas para redução dos gases de efeito estufa.

Atualmente, mesmo com inúmeros desafios para o futuro, talvez possamos pensar nas usinas como produtoras de energias, pois em uma planta de ponta há a possibilidade de produção de energia elétrica, etanol, biogás e etanol de segunda geração e de milho.

Pensando no futuro, caso uma planta dessas exista, os futuros profissionais do setor sucroenergético terão que possuir diversas habilidades, pois o controle da produção será minucioso. Esses profissionais terão de saber responder questões como as seguintes: quando produzir etanol de segunda geração ou energia elétrica (através do bagaço da cana), quanto de estoques de grãos será necessário possuir para produzir etanol na entressafra da cana-de-açúcar e como será utilizado o biogás produzido.

Referências bibliográficas

  • CERQUEIRA, J.; SILVA2, F. IMPACTOS DA CRISE DO PETRÓLEO NA ECONOMIA BRASILEIRA. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://multivix.edu.br/wp-content/uploads/2018/08/impactos-da-crise-do-petroleo-na-economia-brasileira.pdf>.
  • LIMA, L. A. DE O. Crise do petróleo e evolução recente da economia brasileira. Revista de Administração de Empresas, v. 17, n. 2, p. 29–37, abr. 1977.
  • LUIZ, O.; CUNHA, R. DEPARTAMENTO DE ECONOMIA -MONOGRAFIA DE FINAL DE CURSO – AS CRISES DO PETRÓLEO E SEUS IMPACTOS SOBRE A INFLAÇÃO DO BRASIL. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://www.econ.puc-rio.br/uploads/adm/trabalhos/files/Isabela_Esterminio_de_Melo.pdf>.
  • SANTOS, G. R. DOS (ORGANIZADOR). Quarenta anos de etanol em larga escala no Brasil : desafios, crises e perspectivas. http://www.ipea.gov.br, 2016.

Autor:

Leonardo da Silva Chanfrone
Graduando em Ciências Econômica
Universidade Federal de Viçosa

 

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